FAQ - Oceanografia

Perguntas frequentes sobre oceanografia

No nosso site você pode encontrar explicações sobre a oceanografia enquanto ciência e profissão. Da uma olhadinha aqui!

Caso restem dúvidas, entra em contato com a gente!

​Em tempos passados, eram considerados somente a Oceanografia Biológica, Oceanografia Física, Oceanografia Química e Oceanografia Geológica como grandes áreas. Contudo, como em qualquer outra profissão, novos ramos vão se desenvolvendo, de acordo com as demandas da sociedade e do mercado. Ainda que não seja uma opinião unânime, recentemente passou-se a considerar a Oceanografia Socioambiental como uma das 5 principais áreas da Oceanografia, atuando, por exemplo, na compreensão e resolução de conflitos socioambientais, na regularização de territórios pesqueiros, na criação, mapeamento, gestão e manutenção de unidades de conservação, e no gerenciamento costeiro destes ambientes.

​Aqui nesta seção do site nós falamos um pouco a respeito das possibilidades de atuação de um(a) profissional da área.


​Sim, existe diferença. Mas ela se “resume” ao significado desses dois termos:

  • Oceanologia é o “estudo dos oceanos” ou “ciências dos oceanos”
  • Oceanografia é a “descrição dos oceanos”

Dentre os 14 cursos de graduação na área, 11 levam o nome “oceanografia”, 2 levam o nome “oceanlogia” (FURG e UFSB), enquanto 1 é chamado de “Ciências do Mar” (UNIFESP). independente do nome do curso em que tenha se formado, o profissional possui a mesma competência e é reconhecido igualmente no mercado de trabalho.

​A Oceano à Vista é uma associação que reúne estudantes e profissionais da oceanografia dispostos a atuar em prol de solucionar problemáticas que envolvem seu curso/profissão. Aqui você tem mais informações sobre a gente. 

​Para se trabalhar com oceanografia é preciso que se tenha uma visão geral dos ecossistemas marinhos e costeiros e dos processos que os regulam. Com isso, a grade disciplinar do curso vai desde de matérias de base como física, química e estatística até processos ecológicos e antropologia. A(o) oceanógrafa(o) ideal é a(o) que realiza a análise do problema relacionando os conhecimentos adquiridos, sem apenas ser especialista em uma das áreas. Não é possível, por exemplo, fazer uma pesquisa na Oceanografia Física usando apenas os conceitos e conhecimentos específicos dessa grande área, é necessário que se tenha um olhar mais holístico (abrangente), do todo que envolve a problemática.

​A grosso modo, enquanto a Biologia Marinha estuda os seres vivos marinhos, através de aspectos biológicos e ecológicos, a Oceanografia estuda os processos, ou seja, o ambiente marinho como um todo, incluindo aspectos físicos, geológicos, químicos e suas interações. A Oceanografia possui uma visão mais ampla, na relação da fauna e flora com o meio. A Biologia é mais específica em taxonomia, sequenciamento genético, histologia e citologia, por exemplo.

​Não. A(o) oceanógrafa(o) não necessita do curso de mergulho para atuar. Diversas áreas de trabalho na oceanografia são apenas em laboratório, escritório, em praia ou embarcado. Contudo, a habilitação para a prática do mergulho pode permitir à(ao) oceanógrafa(o) atuar, por exemplo, em pesquisas de senso visual em ambientes recifais ou fazer a instalação de equipamentos que necessitam serem fixados junto ao leito marinho.

​O salário de um(a) Oceanógrafo(a) é variado, de acordo com o cargo, os anos de atuação no mercado (júnior, pleno, sênior) e o  grau de ensino (graduação, mestrado, doutorado). Não existe atualmente um piso salarial regulamentado. Além de empresas, instituições públicas empregam muitos oceanógrafos. Para se ter uma noção de salários recentes oferecidos, têm-se a relação abaixo:
– Concurso Público Prefeitura de Guarapari (2015) – Oceanógrafo – R$ 2.013,00
– Concurso Público UFPE (2015) – Professor Adjunto A com dedicação exclusiva – R$ 8.639,00 (Doutorado)
– Concurso Público UFPE (2015) – Professor Assistente A com dedicação exclusiva – R$ 5.945,00 (Mestrado)
– Concurso Público Porto Imbituba (2015) – Analista Portuário (Oceanógrafo) – R$ 5.000,00
– Concurso Público Amazônia Azul (2015) – Oceanógrafo – R$ 5.300,00
– Concurso Público Prefeitura de Penha (2015) – Analista Ambiental – R$ 2.200,00
– Concurso Público UERJ (2015) – Técnico Universitário (Oceanógrafo) – R$ 4.800,00

​Sim, sendo a estatística, a física e o cálculo importantes conhecimentos para um Oceanógrafo. Contudo, a carga de disciplinas voltadas às exatas é variável de acordo com a universidade e o foco do seu curso. Física e cálculo são usados para estudos de disciplinas como: fenômenos de transporte, hidrodinâmica, sísmica, meteoceanografia, ondas e marés, dinâmica atmosférica. A estatística é de fundamental relevância na Oceanografia, sendo usada no planejamento amostral, na comprovação matemática de hipóteses estudadas por pesquisadores, na definição de metodologias de trabalho.

​As aulas práticas na graduação em oceanografia são frequentes, vista a importância do futuro profissional saber aplicar seus conhecimentos teóricos. Elas dividem-se em aulas em laboratório (uso de microscópios, lupas e demais equipamentos que auxiliam na análise e processamento de amostras), em computador (uso de programas frequentemente utilizados no mercado de trabalho pelos profissionais oceanógrafos) e em campo (através de embarques, métodos de pesquisa social, coletas de amostras, análises de área de estudo).

A quantidade e distância dos embarques oferecidos pelos cursos de graduação em Oceanografia dependem dos tipos de embarcações disponíveis para uso dos graduandos, assim como a frequência de disciplinas e cruzeiros de pesquisa ofertados.  Nos últimos anos a oferta de oportunidades de embarques aumentou consideravelmente uma vez que 3 dos 4 Laboratórios de Ensino Flutuantes (LEFs) Ciências do Mar foram entregues e estão operacionais.

Para conhecer a estrutura das universidades que possuem a graduação em Oceanografia no Brasil, veja as páginas específicas das mesmas no menu “Onde Estudar?”.

Além dos embarques ofertados nas universidades, a Marinha do Brasil regularmente realiza cruzeiros oceanográficos e disponibiliza algumas vagas para graduandos em Oceanografia do país.

​Sim, e é uma forte vertente do mercado de trabalho para Oceanógrafos, apesar de ainda haverem poucas empresas especializadas em cetáceos e répteis marinhos. ONGs como Projeto Tamar, Associação MarBrasil, Projeto Golfinho Rotador, Instituto Baleia Jubarte e muitos outros possuem Oceanógrafos em seu corpo técnico, assim como oportunidades para estágios, pesquisas e trabalhos voluntários de graduandos em Oceanografia.

​Não. Há diversos cargos em empresas e ONGs, distantes da costa, de áreas de competência de oceanógrafas(os), como meteorologia, gestão ambiental, hidrodinâmica, políticas públicas. Além disso, o oceanógrafo também pode atuar em cargos públicos relacionados ao meio ambiente.

​Existem 14 instituições de nível superior que oferecem o curso de graduação no Brasil. Há ainda a opção de se fazer mestrado ou doutorado na área. Na seção “Onde estudar?” a gente conta um pouco sobre esses cursos.

​Sim, o exercício da profissão foi regulamentado em 31 de julho de 2008, através da lei nº 11.760., após 17 anos de tramitação no Congresso Nacional do PLS 274/91. 

Ainda não existe um Conselho de Classe para a Oceanografia. Há atualmente conversas entre profissionais e estudantes da área a fim de se avaliar se é mais vantajoso buscar a criação de um novo Conselho ou se seria melhor uma vinculação dos profissionais da oceanografia à um Conselho já existente.

​Confira a página “A Profissão”, do menu “Oceanografia”, para conhecer as atribuições de um oceanógrafo.