Coronavírus e os oceanos

Em meio a esta pandemia muita coisa é incerta, como os impactos sobre os oceanos e atividades a eles associadas. Já foram veiculadas notícias a respeito de impactos imediatos na comercialização de pescados, proibição de utilização de praias, diminuição dos preços do petróleo, navios de cruzeiro com pessoas em quarentena (alguma portadoras de coronavírus, inclusive) e ainda pequenas alterações na dinâmica de navios de carga.

Quando a situação de isolamento social se tornou uma realidade no Brasil, ele já estava em vigor na China e na Itália. Mais ou menos na época que nos colocamos em quarentena começaram a surgir notícias a respeito da redução das emissões de CO² nesses países (China, Itália). Com base

nessas, e outras, notícias o “Olhar Oceanográfico” fez uma reflexão abordando os potenciais impactos da Covid-19 e relação à saúde dos oceanos.

Embora o setor pesqueiro pareça continuar atuando ativamente, quedas na demanda por pescado foram observadas em vários países e vieram acompanhadas por quedas nos valores desses pescados. Em meio a esta baixa no consumo, justamente no período em uma época que a procura costuma ser mais significativa, há uma movimentação para que os trabalhadores do setor da pesca artesanal também sejam inclusos entre os beneficiários do auxílio emergencial no valor de R$600,00 do Governo Federal. Isto esta em processo de votação que deve ocorrer esta semana. Ainda sobre os pescados, o Instituto de Pesca de São Paulo reforça que não há, ao menos até o momento, qualquer indício de que o coronavírus possa ser transmitido pelo consumo de pescados (leia aqui).

No que diz respeito a indústria naval também foram vistos alguns relatos de proibição de atracação em alguns portos e de impacto imediato há registros de atrasos nos carregamentos provenientes da China. Um outro impacto já observado para 

este setor é a queda nos preços do petróleo em função da diminuição da demanda por seus subprodutos.

Outro ponto a ser levantado é o aumento da utilização de materiais não recicláveis de uso único (sobretudo luvas e máscaras) e seu descarte em locais inadequados. Por exemplo foi noticiada pela Agência Reuters a presença de máscaras descartáveis em praias e trilhas naturais de Hong Kong. Embora existam estes indicativos pontuais, os impactos reais do coronavírus ainda não podem ser mensurados. No momento podemos enxergar que diversos países enxergam a atividade marítima e pesqueira como essenciais às suas economias, visto que elas permanecem ativas em meio à pandemia da Covid-19.
 
 
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